Em Pernambuco a crise econômica tem tido grande impacto sobre a classe trabalhadora, apesar da ampla propaganda alardeando crescimento e desenvolvimento do estado. Recentemente o Dieese divulgou uma pesquisa mostrando que o desemprego aumentou na
região e hoje está em 19,5%, mesmo com a instalação de várias empresas através do projeto de Suape (Perdigão,Sadia, estaleiro Atlântico Sul, refinaria) e em outra partes do estado.
O índice de assassinatos de jovens negros, de mulheres e homossexuais no estado é alarmante em Pernambuco, 171 mulheres e 28 homossexuais foram mortos de janeiro a setembro de 2009. O pacto pela vida, principal projeto político de segurança do estado, não responde à violência contra a classe trabalhadora e os setores oprimidos.
Negros e negras representam as maiores vítimas da violência, do desemprego
e da miséria, com a maior parte morando em favelas do Recife.
Todos esses fatores combinados fazem com estes setores busquem uma alternativa e respostas às suas reivindicações. O MNU, a UNEGRO e as ONGs abandonaram as principais reivindicações dos negros e negras no estado. Hoje estão em cargos nas estruturas das Prefeituras do PT e do PCdoB e do governo estadual e por isso não podem desenvolver uma luta conseqüente contra os governos. Isto mostra a necessidade
de construirmos nova direção para o movimento, para colocar na ordem do dia as lutas do povo negro. Precisamos lutar contra o desemprego e contra a violência que extermina negros e negras do estado. Para isto precisamos fortalecer
o movimento Quilombo Raça e Classe no estado.
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