por Joseph Guyler Delva
PORTO PRÍNCIPE (Reuters) - Um forte terremoto abalou o Haiti, possivelmente matando milhares de pessoas, entre elas ao menos quatro militares brasileiros que servem na força de paz da ONU no país, e provocando o desabamento do palácio presidencial e de favelas da cidade.
O Brasil lidera as tropas de paz da ONU no Haiti e participa da Minustah com 1.266 militares. O contingente total da missão é de 9.065 pessoas, sendo 7.031 militares, segundo dados de novembro.
Nesta quarta-feira, o Exército brasileiro informou que os quatro militares mortos são do 5o Batalhão de Infantaria Leve sediado em Lorena, interior de São Paulo. Ao menos outros cinco militares brasileiros ficaram feridos.
O general Carlos Alberto Neiva Barcellos, chefe do setor de comunicação social do Exército, disse a jornalistas que há grande número de militares brasileiros desaparecidos após o terremoto.
O Itamaraty informou na terça-feira que o ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, conversou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que expressou "preocupação" com os brasileiros no Haiti e manifestou sua solidariedade ao povo local.
A chancelaria brasileira disse à Reuters que o contato telefônico com representantes na capital haitiana está "muito difícil", mas que "vai tomar providências no sentido de verificar se há brasileiros (entre os mortos e feridos)."
Um prédio de cinco andares usado pela Organização das Nações Unidas (ONU) desabou na terça-feira por causa do terremoto de magnitude 7, o mais forte a atingir o Haiti em mais de 200 anos, segundo o Centro Geológico dos Estados Unidos.
Imagens da Reuters Television na capital haitiana, Porto Príncipe, mostraram cenas de caos nas ruas e pessoas soluçando em meio aos escombros.
- Zilda Arns morre em terremoto no Haiti
SÃO PAULO (Reuters) - A fundadora da Pastoral da Criança Zilda Arns, de 73 anos, é uma das vítimas do terremoto de terça-feira no Haiti, confirmou nesta quarta-feira o gabinete do senador Flávio José Arns (PSDB-PR), sobrinho da médica pediatra e sanitarista.
"Realmente ela estava (em Porto Príncipe)", disse Maria José Camargo, assessora do gabinete do senador.
"Ela estava caminhando com um militar na rua... Teve o terremoto e os escombros a pegaram", afirmou acrescentando que o militar também morreu.
(Reportagem de Silvio Cascione)
fonte: Agência Reuteus e Agência Brasil
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