sábado, 6 de fevereiro de 2010

Argentinos marcham em rechaço à presença de tropas estrangeiras no Haiti


Presentes no país caribenho desde 2004, sob comando do Brasil, os soldados que formam parte da suposta ‘missão de estabilização’ da ONU seguem sendo alvo de protestos. Após o terremoto, a ingerência estadunidense intensificou-se no Haiti e, em todo o mundo, são muitas as ações que pedem sua retirada imediata. Amanhã (05), às 18h, em Buenos Aires, Argentina, acontece uma marcha de solidariedade aos haitianos e às haitianas desde a Praça Itália até a Embaixada dos Estados Unidos.

A atividade é convocada pela Convergência de Esquerda, Frente Obreira e Socialista, Esquerda Socialista, Movimento Socialista dos Trabalhadores, Novo MAS, Partido Obreiro, Partido Comunista dos Trabalhadores e Partido dos Trabalhadores Socialistas.

Ademais de rechaçar a ocupação militar estrangeira no país e expressar solidariedade com povo haitiano, a marcha tem o objetivo de pedir a anulação imediata da dívida externa e a desocupação das tropas da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah).

De acordo com informações divulgadas por agências de notícias, a Minustah tem mais de 12 mil efetivos de diversos países no país caribenho. Somente Estados Unidos têm mais de 13 mil militares no local e controla o aeroporto internacional de Porto Príncipe.

No entanto, a presença de tropas estrangeiras não é exclusividade do Haiti. Ainda há bases militares estadunidenses em outros países caribenhos e latino-americanos, como em Cuba, Panamá, Porto Rico, Honduras e Colômbia.

Ademais, França também contribui para a militarização da região. Segundo agências de notícias, o país tem bases aéreas, navais e terrestres em Guiana Francesa, Martinica e Guadalupe. Na região caribenha, há pelo menos 8.000 efetivos do país europeu.

Fonte: Adital

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