sábado, 29 de agosto de 2009

Não a repressão! Fora Minustah do Haiti!

Advogado de diretos humanos sofre atentado no Haiti!



Advogado de estudantes presos por missão das Nações Unidas sofre atentado

Repressão é comandada por forças de pacificação da ONU, lideradas pelo Brasil;

Estudantes presos protestavam pela lei de reajuste no salário mínimo
24/09/2009

Tatiana Lotierzo
Campanha Latino Americana pelo Direito à Educação - Clade


Patrice Florvilus, advogado e ativista de direitos humanos, foi vítima de um atentado no dia 14 de agosto. Ele vinha recebendo ameaças de pessoas não-identificadas desde o dia 10, quando se comprometeu a defender legalmente, junto aos tribunais haitianos, cinco estudantes presos injustamente pela polícia e pela Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti (MINUSTAH) na segunda semana do mês. Em comunicado público, ele explica a grave situação de seu país, que culminou na prisão dos jovens.

Os estudantes presos protestavam devido à não promulgação da lei que determina um reajuste no salário mínimo. A lei foi aprovada em abril de 2009 pelo Congresso Nacional, mas até agora não foi publicada oficialmente pelo governo haitiano. Os protestos contra a atitude do governo não são um fato recente no país, assim como a repressão contra os manifestantes. “Já nos meses de maio e junho, a polícia e a MINUSTAH intervieram violentamente para reprimir manifestações estudantis, chegando ao extremo de violar os prédios da Faculdade de Medicina, o que é proibido pela Constituição”, diz o comunicado. Também foram atacadas as faculdades de Ciências Humanas, Etnologia e a Escola Nacional de Normalistas, que forma professores e professoras para o ensino fundamental.

Desde o início dos conflitos, Florvilus vem denunciando as violações aos direitos humanos e apoiando as pessoas detidas, tanto através da mídia, como no Palácio da Justiça. Na sexta-feira, dia 14, quando voltava do Palácio da Justiça e do escritório do procurador do governo, o advogado e as pessoas que o acompanhavam foram surpreendidos com um ataque inesperado. “Acredito que seja um ato de intimidação contra a luta a favor do direito de protestar e a luta pela descriminalização dos movimentos sociais”, declara. No dia 18 de agosto, três dos estudantes foram liberados depois de uma investigação e da ação judicial. O advogado tentou obter um habeas corpus, mas sem resultados concretos.

“O povo haitiano necessita do apoio de todos e todas para ajudá-lo nesse momento bastante difícil em sua historia. Entendo que, em nível regional, em toda América Latina, podemos gerar uma força midiática de denúncia dessa situação, já não tanto por minha segurança pessoal, mas sim pela própria luta dos e das estudantes no Haiti. São urgentes as ações de denúncia pública”, declara Florvilus, no comunicado.
Diante do aumento da repressão ao povo haitiano, está sendo realizada uma campanha internacional de repúdio à repressão e de exigência pela retirada imediata das tropas da ONU naquele país, encabeçada pelas tropas brasileiras.

Assine a moção abaixo:

As Entidades Sindicais, do Movimento Estudantil e Popular, parlamentares e personalidades políticas vêem, por meio desta moção, repudiar veementemente o crescimento vertiginoso da repressão contra o heróico povo do Haiti, desferidas pelas Tropas de Ocupação da ONU, chefiadas pelo Exército brasileiro.

Nos últimos dias as justas manifestações pelo reajuste do salário mínimo, que é o menor do Continente Americano, foram duramente reprimidas pela Minustah, nome dado as tropas de ocupação naquele país.

Já existem dezenas de presos e feridos, especialmente as lideranças das manifestações, com destaque para dirigentes do movimento estudantil haitiano, que estão sendo agredidos e detidos dentro do Campus Universitário.

Da mesma forma, responsabilizamos o Governo brasileiro por estas ações inaceitáveis, que ferem a Soberania Nacional do Haiti e revelam a verdadeira natureza da ocupação militar daquele país – reprimir violentamente as manifestações dos trabalhadores, dos estudantes e do povo pobre haitiano pelo seu direito a autodeterminação e atendimento de suas justas reivindicações.

Intensificaremos no Brasil as ações da campanha de exigência ao Governo Lula de retirada imediata das tropas brasileiras do Haiti.

São Paulo, 19 de agosto de 2009.

Coordenação Nacional de Lutas - CONLUTAS

As mensagens podem ser encaminhadas para os endereços abaixo:

1- Ministério das Relações Exteriores
celsoamorim@mre.gov.br
jmaia@mre.gov.br

2- Coordenação Nacional de Lutas – CONLUTAS: secretaria@conlutas.org.br
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Festival de Cinema Haitiano

Haïti/Cinéma : Festival du film d’Haïti, première !

mercredi 19 août 2009

P-au-P, 19 août 09 [AlterPresse] --- L’Association haïtienne des cinéastes (Ahc) inaugure, ce 20 août 2009, la première édition du « Festival du film d’Haïti » qui se déroule dans les salles du Ciné Impérial à Delmas (municipalité au nord-est de la capitale), d’après le programme dont a pris connaissance l’agence en ligne AlterPresse.

Une quinzaine de films, triés sur le volet, seront projetés à l’occasion de ce grand événement qui ne manquera pas de mettre à l’honneur des talents confirmés du septième art en Haïti, explique Claude Mancuso, président de l’Ahc.

En quatre jours, soit du 20 au 23 août, les cinéphiles de la capitale Port-au-Prince pourront voir ces films, dont des documentaires, des courts et longs métrages, ajoute Kharméliaud Moïse, vice-président de l’Association haïtienne des cinéastes.

Les productions cinématographiques sélectionnées pour la circonstance sont l’œuvre de créateurs haïtiens évoluant en Haïti et à l’étranger.

« Chimen pasyon » et « Les aventures du Boss de Djo » du réalisateur Kharméliaud Moïse, « Le Péché et le Pardon » de Carline Verrier, « El Maestro » de Frantz Voltaire, « Une petite rivière… Un grand avenir » et « Anse-à-Veau, l’Héritage d’Acaau » de Réginald Chevalier, sont notamment à l’affiche du Festival, a appris AlterPresse.

Le public de Port-au-Prince aura également l’occasion de découvrir « San Papye », un film de Hans Patrick Domerçant, qui raconte l’histoire d’un professionnel haïtien immigrant aux Etats-Unis d’Amérique face à la dure réalité de son statut de sans papier.

L’Impérial menacé

Ce festival a été conçu il y a trois semaines, à l’annonce de la fermeture prochaine de la dernière salle de cinéma qui existe à Port-au-Prince, le Ciné Impérial, précise le président de l’Association haïtienne des cinéastes.

« Il y a eu dans le passé près de 28 salles de cinéma à Port-au-Prince. Nous sommes réduits à une seule salle qui va peut-être fermer à la fin du mois », déplore Claude Mancuso, qui demande aux propriétaires d’anciennes salles de cinéma de les rouvrir.

La première édition du « Festival du film d’Haïti » se propose de braquer les projecteurs sur la production cinématographique actuelle en vue de sensibiliser les créateurs, la société civile et les gouvernants sur l’importance d’une véritable industrie du film en Haïti, selon les organisateurs.

A l’avenir, ce festival pourrait s’étendre sur plusieurs villes haïtiennes, selon les intentions des initiateurs. [do mm apr 19/08/2009 17 :30]

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Fonte: www.alterpresse.org

domingo, 23 de agosto de 2009

Soliedariedade com movimento de estudantes do Haiti

Haiti-Salario minimo : Sectores puertoriquenos se solidarizan con movimiento estudiantes

Viernes 12 de junio de 2009

Nota del Comité de Solidaridad con el pueblo de Haití en Puerto Rico y la organización Red de Esperanza y Solidaridad de la Diócesis de Caguas

Documento transmitido a AlterPresse el 12 de junio de 2009

El Comité de Solidaridad con el pueblo de Haití en Puerto Rico y la organización Red de Esperanza y Solidaridad de la Diócesis de Caguas repudian la represión de la policía haitiana y la MINUSTAH contra estudiantes de la Facultad de Ciencias Humanas.

Sabemos que el pueblo de Haití tiene derecho a vivir una vida digna, saliendo de la condición de pobreza e injusticia en la que se encuentra la mayoría.

Exigimos a las autoridades se realizen las investigaciones correspondientes y se haga justicia a los responsables de tanto atropello.

Expresamos nuestra solidaridad con los estudiantes, sus familias y con todo nuestro querido pueblo de Haití.

Solidariamente,
Lucy Magali Millán Ferrer
Coordinadora

Fonte : www.alterpresse.org

Vídeo Haiti

Prezados camaradas,
Assistam esse vídeo realizado por entidade de Direitos Humanos do Haiti.


http://www.youtube.com/watch?v=mFyCsDU964I


segunda-feira, 17 de agosto de 2009

REPRESSÃO BRASILEIRA AUMENTA NO HAITI

Estudantes e operários estão presos em condições desumanas por terem participado de passeata pelo aumento do salário mínimo.

Por
*Franck Séguy


A repressão burguesa no Haiti está se fortalecendo ao longo das semanas. O Brasil dos ricos, das empresas que precisam da mão-de-obra haitiana barata está fazendo tudo que pode para manter a sua neocolonização no Haiti. O seu braço armado - a Minustah - rouba, estupra, mata ... tendo a total garantia de imunidade.

Apenas durante esta semana, 14 pessoas foram presas. Guerchang Bastia, 21 anos, estudante em sociologia, membro da ASID (Associação universitária Dessaliniana), Patrick Joseph, 36 anos, membro do KRD (Comitê para o fortalecimento do bairro de Duvivier), e 8 operários foram presos por terem participado de uma manifestação operária no dia 10/08 a favor da publicação da lei sobre o reajuste salarial de 200 gourdes (42 gourdes = 1 dólar).

Dois dias depois, quarta-feira (12/08) Edouard Edwight, membro da ASID foi prendido ao voltar do seu estágio para sua casa. Hérold César, estudante em comunicação, foi preso no momento em que era a caminho de ir à universidade. Joseph Valcin foi preso após ter sido asfixiado com gás lacrimogêneo por parte das tropas brasileiras e da policia haitiana, dentro da Faculdade das ciências humanas da Universidade estadual do Haiti.

Anne Lesperance, estudante em Serviço social, foi presa no mesmo dia 12 de agosto. Ela foi libertada após ter resistido à tentativa de estupro por parte das forças armadas.

É preciso uma campanha nacional no Brasil pela Liberdade imediata para os estudantes e operários presos. Livre direito de manifestação. Aumento imediato do salário. Fora as tropas estrangeiras do Haiti.

A nossa luta é internacional!


Mensagens de solidariedade ao povo haitiano e de repúdio à repressão podem ser encaminhadas para os endereços abaixo:

Plataforma das organizações haitianas de direitos humanos (POHDH)
pohdh@yahoo.fr

Rede nacional de defesa dos direitos humanos do Haiti
rnddh@rnddh.org

Comitê de advogados pelo respeito das liberdades individuais
carlihotline@yahoo.fr

Gabinete do Primeiro Ministro do Haiti
primature@list.primaturehaiti.org

Ofício de Proteção da Cidadania
opc-haiti@hotmail.com


COM CÓPIA PARA:
Alter Presse – alterpresse@medialternatif.org (www.alterpresse.org)
ASID – asiddesalin@yahoo.fr
Conlutas – conlutas@conlutas.org.br


É mais do que urgente mobilizarmos o mais breve possível e conscientizarmos o Brasil todo. Estamos contando com seu total apoio, camaradas.

*Franck Séguy é haitiano e militante da Asosyasyon Inivèsitè ak Inivèsitèz Desalinyèn (Asid) do Haiti.