terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Abaixo o extermínio em Pernambuco

Em Pernambuco a crise econômica tem tido grande impacto sobre a classe trabalhadora, apesar da ampla propaganda alardeando crescimento e desenvolvimento do estado. Recentemente o Dieese divulgou uma pesquisa mostrando que o desemprego aumentou na
região e hoje está em 19,5%, mesmo com a instalação de várias empresas através do projeto de Suape (Perdigão,Sadia, estaleiro Atlântico Sul, refinaria) e em outra partes do estado.

O índice de assassinatos de jovens negros, de mulheres e homossexuais no estado é alarmante em Pernambuco, 171 mulheres e 28 homossexuais foram mortos de janeiro a setembro de 2009. O pacto pela vida, principal projeto político de segurança do estado, não responde à violência contra a classe trabalhadora e os setores oprimidos.
Negros e negras representam as maiores vítimas da violência, do desemprego
e da miséria, com a maior parte morando em favelas do Recife.

Todos esses fatores combinados fazem com estes setores busquem uma alternativa e respostas às suas reivindicações. O MNU, a UNEGRO e as ONGs abandonaram as principais reivindicações dos negros e negras no estado. Hoje estão em cargos nas estruturas das Prefeituras do PT e do PCdoB e do governo estadual e por isso não podem desenvolver uma luta conseqüente contra os governos. Isto mostra a necessidade
de construirmos nova direção para o movimento, para colocar na ordem do dia as lutas do povo negro. Precisamos lutar contra o desemprego e contra a violência que extermina negros e negras do estado. Para isto precisamos fortalecer
o movimento Quilombo Raça e Classe no estado.

Obama e a crise do capitalismo

Obama repetiu Bush e preferiu ajudar as empresas, com ajudas bilionárias, que, se investidas globalmente, seriam o maior plano de combate à fome já visto no mundo. Essa ajuda foi para bancos e empresas, que mantiveram seus lucros e os ganhos dos executivos.

Pior do que isso, Obama salvou empresas como a General Motors e exigiu que estas se reestruturassem. Isso, na prática, significou a demissão de milhares de trabalhadores e os ataques a seus direitos históricos. Obama governa como os outros
presidentes dos Estados Unidos, contra os trabalhadores e o povo negro, incluindo
os 46 milhões de trabalhadores norte-americanos sem acesso à saúde.

" LULA, É UM CRIME MANTER AS
TROPAS BRASILEIRAS NO HAITI!
OBAMA E A CRISE DO CAPITALISMO "

Há décadas, o Haiti tem sofrido com retaliações e incontáveis intervenções militares. Desde 1914, quando os fuzileiros dos EUA roubaram as riquezas do país, passando pela famigerada ditadura de PapaDoc e BabyDoc, marcada por corrupção, conivência com os órgãos mundiais e crimes de Estado sobre a população mais pobre da América Central. No dia 16 de setembro deste ano, o Brasil completou cinco anos de ocupação,que violenta a soberania e os direitos humanos, para proteger os patrões e as maquiladoras, que exploram a mão de obra haitiana, com 90% de mulheres negras.

O Quilombo Raça e Classe - Conlutas e o Jubileu Sul vem a público denunciar o Plano Hope – que permite a implantação de empresas brasileiras no Haiti, e a exportação de roupas sem impostos diretamente aos EUA. Ou seja, implanta mais fábricas de tecidos que superexploram mulheres negras por salários miseráveis e sem nenhum direito trabalhista, para lucros de empresas como a Coteminas, do vice-presidente José Alencar.

A Minustah – nome da missão que reúne as tropas da ONU - prendeu dezenas de ativistas e viola os direitos da Constituição haitiana. Hoje os trabalhadores
haitianos estão lutando contra os planos de exploração da burguesia local e
internacional que exploram com um dos menores salários do mundo. A falsa “missão de paz” é formada por tropas que intimidam, estupram mulheres negras, roubam e matam.

Enquanto isso, o atual presidente do Haiti, René Preval, mantém apoio às tropas, faz
privatizações e rebaixa o salário mínimo, contra um povo que tem luz por algumas
horas por dia, não tem acesso à água e nem transporte. O governo haitiano submete o país aos interesses dos planos do FMI, o qual exige o pagamento da divida externa em
detrimento da miséria e da fome da população.Ou seja, as tropas de Lula aceitaram
fazer o trabalho imoral no lugar dos EUA e de seus soldados que, há anos, estão atolados no Iraque e no Afeganistão.

* Pela retirada das tropas da ONU - brasileiras e estrangeiras - do Haiti!

* Por um plano de obras públicas para o povo haitiano (escolas, hospitais e saneamento básico, companhia pública de água e de transporte para os estudantes
e o povo pobre) Obama assumiu o governo dos EUA em meio à maior crise econômica desde
1929 e diante da crise do governo Bush. Foi eleito com palavras como “mudança”
e “esperança” e representando a novidade, ainda mais como um político negro
e de rosto novo. Tudo isso serviu para despertar ilusões entre os negros dos Estados
Unidos, de que a sua vitória representaria uma melhoria em suas vidas.
Essa ilusão se espalhou pelo mundo, e pode ser vista também em parte do movimento
negro brasileiro.A verdade é que Obama não vai significar o fim do racismo. Justamente porque ele está à frente dos Estados Unidos, o país mais poderoso do planeta,imperialista, que precisava de uma nova face, para continuar fazendo o mesmo.
As primeiras ações de Obama ajudam a identificar a natureza de seu governo.
Na 3ª Conferência Mundial contra o racismo, os países ricos, com Obama, não
reconheceram os crimes sobre o trabalho escravo de africanos e afro-descendentes.
Os EUA, a maior nação multiracial, se negaram a reconhecer estes crimes como
passíveis de serem julgados. Seu governo continua agindo como potência militar, e aumentou a quantidade de soldados no Afeganistão, mantendo uma ocupação absurda, que já dura quase uma década. Nessas guerras, os EUA usam jovens negros e latinos,
para morrem em seu nome. A crise econômica revelou a face do governo democrata. A crise que Obama tem diante de si não é passageira e afeta a todos especialmente os mais pobres, os negros e latinos, que perdem suas casas e empregos. A crise já eliminou 4,5 milhões de empregos nos EUA e cerca de 2,5 milhões de famílias perderam suas casas. Em vez de ajudar os trabalhadores, impedindo que percam suas casas e seus salários, Obama repetiu Bush e preferiu ajudar as empresas, com ajudas bilionárias, que, se investidas globalmente, seriam o maior plano de combate à fome já visto no mundo. Essa ajuda foi para bancos e empresas, que mantiveram seus lucros e os ganhos dos executivos.

Pior do que isso, Obama salvou empresas como a General Motors e exigiu que estas se reestruturassem. Isso, na prática, significou a demissão de milhares de trabalhadores e os ataques a seus direitos históricos. Obama governa como os outros
presidentes dos Estados Unidos, contra os trabalhadores e o povo negro, incluindo
os 46 milhões de trabalhadores norte-americanos sem acesso à saúde.

www.conlutas.org.br http://quilomboracaeclasse.blogspot.com
www.conlutas.org.br
hbtlotgps:/p/oqtu.ciloomm boracaeclasse.

Avance Quilombo Raça e Classe

NEM TROPAS NO HAITI E NEM TROPAS NAS COMUNIDADES POBRES

Diante das traições das antigas direções do movimento negro, está colocado para o Movimento Quilombo Raça e Classe da Conlutas, a construção de uma nova direção para o movimento negro brasileiro, trazendo uma concepção revolucionária na luta sindical, popular e da juventude negra. Temos um grande desafio: apresentarse
como alternativa de organização política nas cidades e no campo, pautando-se pela independência diante dos governos e patrões, sob uma perspectiva socialista e
revolucionária. E buscando trazer para o campo da nossa luta sindical e popular, inúmeros setores que hoje na prática fizeram experiências concretas com o governo
Lula e com as direções conciliadoras do movimento negro.

O Quilombo Raça e Classe avança na medida em que grande parte das organizações do movimento sindical e popular e do movimento negro - como CUT, CTB, Conem, UNE e Unegro - referendam a frente popular e as traições do governo Lula. Nosso desafio é consolidar a nova central sindical, popular e estudantil onde os setores de negros e negras, mulheres e GLBTs sejam respeitados como parte integrante nos debates, na democracia operária, e nas decisões. Temos de garantir nossa participação e a democracia interna, estando representados nas instâncias deliberativas para que essa ferramenta da classe trabalhadora cumpra sua tarefa histórica de poder lutar por uma sociedade socialista, com democracia operária, sem explorados e sem exploradores.